Insônia: doença crônica e sofrimento

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Para a doutora Emília Santiago, Insônia é a dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou mesmo a percepção de um sono não reparador, combinada com consequências adversas durante o dia como fadiga excessiva, queda da “performance” ou mudança de humor. “É a incapacidade do indivíduo em iniciar ou de manter um sono adequado”. Afirma. O objetivo desta entrevista com a doutora e especialista no caso é procurar obter um entendimento desta condição, tentando aliar as questões de saúde física, psíquica e social, endo um olhar mais apurado para a interligação entre os mesmos, discutindo o sofrimento desencadeado pela insônia como doença crônica. Atentando para o paciente, conceitos das ciências sociais e da psicanálise são considerados, assim como modelos de ciência para compreender o mundo social.

 

Detém-se na visão do ser humano como integral, conectado à sua ontogênese e filogênese.  Aprofunda-se esta busca de entendimento passando pelos conceitos de subjetividade, ntersubjetividade e de cultura, focando os aspectos relativos ao impacto do sofrimento social na pessoa que vai lidar com o processo do adoecer, ou seja, como vai conviver com a cronicidade e o sofrimento de sua enfermidade. Concluímos que fatores psicossociais contribuem de maneira importante para compreender o sofrimento associado à condições crônicas como pode se dar na insônia, e que sua consideração pelos profissionais de saúde é necessária para seu tratamento.

 

Tratamento

 

Para a doutora, Emília Santiago, a insônia precisa ser tratada. “Inicialmente temos que avaliar o problema e ver se aquela insônia é primária ou secundária e tratar com antidepressivos, remédios tarjas pretas, mas antes temos que tratar o que chamamos de higiene do sono. Ver condições do quarto, iluminação, alimentação, atividades estimulantes como TV, celular, tabletes. Tudo isso tem que ser visto antes do tratamento”. Ressalta a médica.

 

Segundo o CID-106, os seguintes aspectos clínicos são essenciais para um diagnóstico definitivo: a queixa é tanto de dificuldade de adormecer quanto de se manter dormindo ou de pobre qualidade de sono; a perturbação de sono ocorreu pelo menos três vezes por semana durante pelo menos um mês; há preocupação com a falta de sono e consideração excessiva sobre suas consequências à noite e durante o dia; a quantidade e/ou qualidade insatisfatória de sono causa angústia marcante ou interfere com o funcionamento social e ocupacional

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