Hospital de Amor: Doações que ajudam a salvar vidas diariamente

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Desde 2016, mais de 200 pacientes de Marabá e região já foram encaminhados para o Hospital de Amor (HA), antes conhecido como Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, para tratamento oncológico de alta complexidade. Entretanto, o HA, que salva diariamente tantas vidas, atendendo de forma humanizada, necessita de doações para continuar esse grande trabalho.

No total, o custo mensal do HA é de R$ 45 milhões, mas o repasse do SUS (Sistema Único de Saúde) é de R$ 15 milhões. Ou seja, mensalmente, a casa de saúde necessita de R$ 30 milhões a mais para poder salvar mais e mais vidas.  Na pandemia do novo coronavírus, entretanto, o quadro se agravou, pois muitas empresas que faziam doações ao HA faliram.

O Hospital de Amor (HA) atende, de forma humanizada, exclusivamente pacientes oncológicos, considerando as deficiências das regiões. Desempenha um papel importantíssimo, pois viabiliza tratamento gratuito de alto padrão para população mais carente que tem dificuldade de conseguir vaga nos hospitais da rede pública do Pará, referenciados para oncologia.

Angélica Rangel Gonçalves, coordenadora de captação de recursos do HA em Marabá, afirma que atualmente não se sabe ao certo o número de pacientes do município e região que estão em tratamento em Barretos, pois existem os encaminhamentos feitos pelo site do hospital  https://hospitaldeamor.com.br/.

“Mas desde que iniciamos o trabalho voluntário com o HA, em 2016, através do nosso canal de relacionamento, já encaminhamos mais de 200 pacientes de Marabá e cidades vizinhas. Considerando que o tratamento oncológico é longo, pois, depois do tratamento propriamente dito, tem a fase de acompanhamento, que dura em torno de cinco anos. A maioria desses pacientes, de alguma forma continuam com algum tipo de contato com o hospital”, explica Angélica Rangel.

O processo para conseguir a vaga começa com o encaminhamento da documentação pessoal e exames que são avaliados pela equipe médica da área do problema. Logo depois é feito o agendamento do paciente para a primeira consulta, considerando a ordem de chegada do pedido e o grau de comprometimento e agressividade do tumor.

Hospital de Amor só recebe R$ 15 milhões do SUS, mas precisa de R$ 45 milhões

Quando o paciente chega ao Hospital de Amor são realizados novos exames para reavaliar a real situação. Então se traça o tratamento adequado. Segundo Angélica Rangel, normalmente os pacientes ficam o tempo necessário para que o problema seja resolvido. Depois, costumam retornar para sua cidade de origem e voltam para novos procedimentos e/ou exames de acompanhamento, a depender de cada caso.

Atualmente o HA dispõe de três unidades para atendimento desses pacientes. Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO). Está em construção também uma outra unidade em Palmas (TO). Em 2022, já deve iniciar o funcionamento na parte de prevenção. Em seguida, serviços de quimioterapia e radioterapia. A previsão é que em 2025 estejam em pleno funcionamento, com todos os tratamentos e cirurgias.

A taxa de recuperação depende muito do estágio da doença em que o paciente inicia o tratamento, mas também do tipo de tumor. “Quando detectado e tratado na fase inicial, o CA [câncer] tem taxa de cura muito elevada. Mas também existem tipo de tumores muito agressivos e que evoluem muito rapidamente e desenvolvem metástase para outros órgãos, o que compromete a cura. Infelizmente, muitos pacientes procuram atendimento quando o grau está bem avançado e, quando chegam ao HA, muito pouco pode-se fazer”, salienta Angélica, que calcula a taxa de mortalidade de pacientes em fase final em 5%. Alguns nem chegam a iniciar o tratamento. Ao chegarem ao HA, já são encaminhados para tratamento paliativo, para melhorar qualidade de vida ao paciente nessa fase terminal.

Doações caíram por causa da pandemia

O HA faz atendimento pelo SUS, mas, devido ao alto padrão do seu tratamento, o valor repassado pelo governo federal representa apenas um terço do custo do Hospital. Atualmente, o custo do HA está em torno de R$ 45 milhões por mês e o repasse do SUS é de apenas R$ 15 milhões. “Isso significa que o HA precisa contar com doações de R$ 1 milhão por dia. As doações podem ser feitas de várias maneiras: espontânea esporádica, espontânea mensal, espontânea de empresas, destinação de 3% a 6% do Imposto de Renda a pagar, leilões que acontecem em muitas cidades do Brasil, eventos diversos de cidades parceiras, shows de artistas padrinhos do Hospital do Amor, repasses de prefeituras. Na pandemia, a situação ficou mais crítica, porque muitas empresas faliram”, conclui.

A equipe de captação de recursos do HA em Marabá iniciou o trabalho em meados de 2016, sendo o primeiro evento em novembro do mesmo ano. A caminhada “Passos que Salvam”, para divulgar os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, com o objetivo de despertar em pais e professores um olhar mais atento, para um diagnóstico mais precoce.

Coordenadoras do Hospital de Amor em Marabá
Cecilia Endo Fraga, Tania Ribeiro e Angélica Rangel Gonçalves, a equipe que capta recursos para o Hospital de Amor em Marabá

A caminhada continuou acontecendo nos anos seguintes, mas, em 2020, por conta da pandemia, foi substituída pelo Pedal do Amor. “Já fizemos quatro leilões de gado e outros objetos e fazemos campanha para destinação de parte do Imposto de Renda a pagar”, informa Angélica, que trabalha na captação de recursos com mais duas mulheres no município, Cecilia Endo Fraga, Tania Ribeiro e ainda voluntários nos eventos, principalmente na captação de doações para o leilão. O Instagram @contemamor_maraba mostra um pouco do trabalho dessa equipe.

Serviço:

Para mais informações sobre doações acesse o site https://hospitaldeamor.com.br/ ou no Instagram @hospitaldeamor. (Texto: Emilly Coelho)

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