HIV infecta mais grupo de heterossexuais do sexo masculino em Marabá

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Dados divulgados pelo Serviço de Atendimento Especializado / Centro de Testagem e Aconselhamento – SAE/CTA, de casos novos acompanhados pelo órgão de janeiro a outubro deste ano, revelam no total 190 casos novos de HIV no município.  Desse número, 70 são do sexo feminino, sendo 10 gestantes. Os homens contabilizam 120 casos, representando 63,2%. Desse quantitativo 104 são heterossexuais, 21 homossexuais e 21 bissexuais em Marabá.

Por faixa etária, 64 têm entre 24 e 35 anos; 54 entre 36 e 45 anos; 29 entre 19 e 25 anos; 26 entre 46 e 59 anos; 11 possuem mais de 60 anos; três de 13 a 18 anos; e três de zero a 12 anos.

Em outros municípios, como Abel Figueiredo, em 2021, mais um caso de HIV foi diagnosticado, do sexo feminino; em Bom Jesus do Tocantins dois casos do sexo masculino; Cajazeiras, mais dois casos, sendo um homem e uma mulher; em Dom Eliseu mais 16 casos, sendo nove homens, seis mulheres e uma gestante.

Em Goianésia um caso do sexo feminino; Itinga também mais um caso novo neste ano do sexo masculino; Itupiranga quadro casos do sexo masculino; em Jacundá cinco novos casos, sendo dois homens e três mulheres; em Nova Ipixuna mais três casos, sendo dois homens e uma mulher.

Em Novo Repartimento e Parauapebas mais um caso novo, em ambas cidades, do sexo masculino; Piçarra mais três casos, um homem, duas mulheres sendo uma gestante.  Em Rondon do Pará mais dois casos, um homem e uma mulher; São Domingos quatro casos, dois homens e duas mulheres; São Geraldo mais dez casos, sete homens e três mulheres; e São João do Araguaia mais quatro casos, duas mulheres e dois homens testaram positivo para o vírus HIV.Teste de HIV

 

SAE/CTA traça perfil epidemiológico no âmbito da 11ª Regional de Saúde

O perfil epidemiológico das pessoas vivendo com HIV no âmbito da 11ª Regional de Saúde é caracterizado principalmente por homem cisgênero, heterossexual, na faixa etária dos 26 a 35 anos de idade, residentes em Marabá.

Pelo transcurso do Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, a gerente do SAE/CTA, Katiane Chaves de Souza, lembra que a abertura oficial da Campanha Dezembro Vermelho com o tema “Atenção, cuidado e proteção” terá como Dia D o 2º Passeio Ciclístico em alusão ao dezembro Vermelho 2021, com saída em frente à Praça da Prefeitura e chegada na Praça São Félix de Valois.

A programação também conta com ações na Feira da Liberdade, no dia 5 de dezembro, de 8 às 14 h, de testagem de HIV, Sífilis, Hepatite B e C, distribuição de preservativos e aconselhamento. No dia 11 de dezembro acontece a mesma ação no Bairro São Félix, no dia 12 na Feira do Bairro Laranjeiras, dia 18 no Supermercado Colina, e, dia 19, na Feira da Folha 28, no mesmo horário.

Apoio da família e amigos ajudou artista a vencer a barreira do constrangimento

Recentemente, viralizou nas redes sociais um vídeo de 30 segundos do artista local Diego Aquino. Ele fala, de forma leve e criativa, como é a rotina da pessoa com HIV, mostrando a busca de medicação no CTA local.

Carismático, bem-humorado e de um alto astral contagiante, Diego começa a narração com um frasco de medicamento na mão, onde ele chacoalha e percebe que o remédio já está no fim.

Ele se arruma e pega um Uber rumo ao CTA. Lá, de forma simples e rápida, ele pega o seu prontuário e vai até a farmácia do órgão abastecer o estoque. Ele finaliza o vídeo, que teve mais de 3 mil curtidas e mais de 300 comentários, com uma vista belíssima da orla.

O artista, que já caiu no gosto da população, utiliza suas redes sociais para levantar a bandeira da prevenção e tratamento do vírus HIV.

Ele descobriu que estava com HIV em agosto de 2015, convivendo com o vírus de forma leve há seis anos. No início ele relatou que foi complicado lidar com a notícia, pois matinha certa distância do assunto.

“A falta de aproximação com o assunto me deixou bem assustado e foi bem difícil lidar com isso no começo”, relata ele no Instagram.

Aquino também relatou sentir muita culpa, onde o preconceito potencializava a capacidade de se sentir culpado. Sobre as fases mais difíceis ele conta que foi o início da descoberta da doença.

“Eu era um artista emergente na cena marabaense, fazendo em arte em público e lidando com um assunto tão complicado que não época não queria trazer à público. Tive de frequentar o CTA e não queria lidar com isso de forma pública, porque as pessoas me viam. O que me ajudou nessa fase foi a minha família e meus amigos, coletando a medicação para que eu não pudesse passar nessa fase, de frequentar o CTA e ser constrangedor para mim, hoje posso vir aqui e falar disso em público e com orgulho. É um prazer frequentar o CTA com autonomia. Se não fosse minha família e amigos, esse suporte foi o que me ajudou”, afirma.

Com cumpre o tratamento assiduamente, ele está com o vírus indetectável, devido à diminuição da carga viral. “Após seis meses indetectáveis a gente não transmite o HIV sexualmente”, lembra Diego Aquino.

Por fim, Aquino finaliza a sessão de perguntas e respostas em sua rede social, incentivando a frequência do tratamento ao CTA, não apenas do vírus HIV, como de outras IST (Infecções Sexuais Transmissíveis). (Emilly Coelho)

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