Psicologia: Profissão do futuro com foco na saúde mental

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A Psicologia é uma das profissões do futuro, mas não ligada à enxurrada de tecnologia que recebemos diariamente. E sim voltada para a saúde mental, pois, as pessoas não percebem, mas estão muito doentes psicologicamente no mundo de hoje. A avaliação é do acadêmico de Psicologia Moisés Miranda Lourenço, 20 anos, da turma de 2020 da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Moisés Lourenço é dessas pessoas que se preocupam com o bem-estar das outras. Por isso, tem afinidade com a área de saúde e o primeiro vestibular dele foi para Medicina. Porém, sem conseguir a pontuação suficiente para ser aprovado, ele migrou sua nota para o curso de Psicologia, que também cuida da saúde, mas não da saúde corporal e sim da saúde mental.

Psicologia para ajudar as pessoas

Moisés estuda Psicologia na Unifesspa

Moisés Miranda Lourenço: “A Psicologia cuida da saúde mental, que é o que está faltando muito no Brasil e no mundo, nas pessoas”

Além de ter sido motivado a estudar Psicologia para ajudar as pessoas, ele se inspirou na tia, a psicóloga Eliédina Lourenço e Silva, dona de uma clínica onde é muito atuante, e que também trabalha na Prefeitura de Marabá. “Eu me espelho muito nela e a vejo como uma grande profissional e admiro muito o trabalho dela”.

Hoje em dia, ressalta Moisés, o foco ainda é na saúde do corpo, não se trata tanto da saúde da mente quando do corpo. “Então, eu acho que esse meu desejo de cuidar do próximo me fez optar por escolher Psicologia”, reforça ele, que pesquisou e chegou à conclusão de que essa é uma das profissões do futuro e uma das únicas que não está diretamente relacionada à tecnologia, ao desenvolvimento tecnológico.

Ciência nova

“Porque a Psicologia cuida da saúde mental, que é o que está faltando muito no Brasil e no mundo, nas pessoas. A saúde psicológica está muito desestruturada, as pessoas estão muito doentes psicologicamente”, afirma, acrescentando que a Psicologia, no futuro, “pode vir a ajudar e crescer cada vez mais”.

A Psicologia hoje ainda é considerada uma ciência nova e está cada vez mais em ascensão. “Agora e no futuro ela vai conquistar cada vez mais espaço no mercado de trabalho”, prevê o acadêmico.

Moisés Lourenço ainda não decidiu completamente em que área da Psicologia pretende atuar e já fez estágio na parte administrativa de uma clínica psicológica.  “Foi um aprendizado muito importante, mas ainda não posso afirmar 100% em que parte vou atuar, porque estou novo na área e aberto a conhecer mais sobre a Psicologia e outras áreas e em qual vou me dedicar mais para poder ajudar mais pessoas.”

Tabu

Para algumas pessoas, a terapia com um psicólogo ainda é um tabu, e o paciente é pejorativamente chamado de doido. O que é, na opinião do estudante de Psicologia, uma triste realidade. Moisés lembra que, quando se preparava para fazer o vestibular, sugeriram que ele fizesse um acompanhamento psicológico porque a pressão é muito grande.

Ele, porém, na época repudiou a ideia de fazer uma terapia: “Eu, com minha ignorância, pensei que estavam me chamando de doido. E hoje em dia ainda tem muito esse tabu, de que a terapia é para quem é doido ou tem alguma doença muito avançada psicologicamente”.

Inclusive, uma parte da família dele pensa, até hoje nisso: que ele vai trabalhar em manicômios e cuidar de loucos. Mas o jovem acadêmico agora pensa diferente, sabe que é essencial para todo mundo, como se fosse um exame de rotina quando se cuida do corpo.

“Terapia é o exame de rotina que fazemos da mente, para funcionar perfeitamente. Até porque a gente sabe que o mundo está caótico. Então, não conseguimos viver totalmente sãos com o que se tem hoje, sem algum acompanhamento especializado. É importante a gente fazer terapia, assim como fazemos exames de rotina do nosso corpo, devemos fazer da mente”, diz Moisés. (Reportagem: Cláudio Reis)

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