A ozonioterapia se tornou a solução para o alívio rápido das dores na lombar que a fisioterapeuta pélvica Kely Tavares sentia. Mas, o que é isso? Ozonioterapia? E como Kely descobriu esse tratamento? O procedimento terapêutico com o gás de ozônio, que ganhou interesse popular e midiático, ajudou não só Kely, mas, muitas pessoas como uma técnica complementar a diversos tratamentos.
Tavares se impressionou tanto com o resultado que decidiu se especializar no procedimento e levá-lo para os seus pacientes em Marabá. A ozonioterapia traz saúde e bem-estar às pessoas e na área da fisioterapia, em que Kely atua, traz ainda o alívio de dores. “Além disso, também melhora a funcionalidade do paciente, seu desempenho na rotina, em atividades físicas e no seu cotidiano em geral”, acrescenta.
A ozonioterapia tem como principais benefícios os seus efeitos anti-inflamatórios e anticépticos, bem como a melhora na imunidade das pessoas, conforme Kely. Ela explica ainda que o procedimento é indicado para todos que queiram um tipo de terapia complementar e alternativa para tratamentos que já estão sendo realizados.
“É um adicional desde para tratamentos simples, como dores musculares, até para tratamentos mais graves, como câncer. Nesse caso, o paciente que realiza quimioterapia pode buscar a ozonioterapia para auxiliar no aumento da imunidade, ajudando, assim, no tratamento geral”, fundamenta Kely.
HIV e ozonioterapia
Graças ao seu efeito anti-inflamatório e antiviral, a ozonioterapia pode ser utilizada até mesmo para complementar o tratamento de portadores do vírus HIV. A fisioterapeuta explica que se o paciente possui uma comorbidade muito latente, a terapia pode ajudar diminuindo a carga viral e provendo mais disposição. “Dessa forma, o tratamento base pode funcionar de maneira adequada”, complementa.
No entanto, Kely alerta que o portador do vírus não deve abandonar o tratamento principal, feito com os medicamentos e acompanhamento médico. “É apenas um complemento para ajudar”, orienta.
Ozonioterapia na estética
A ozonioterapia ganhou mais fama popular graças ao seu uso estético. De acordo com Kely, ela auxilia no emagrecimento, na diminuição de celulites, rugas e na melhora considerável da pele, graças ao efeito antisséptico.
Porém, a ozônio é um tratamento auxiliar, por esse motivo deve-se manter uma rotina de exercícios e dieta adequada para que os resultados possam surgir, no caso do emagrecimento.
Já para a melhora da pele, é recomendado manter o uso de protetor solar e produtos de higienização apropriados para cada tipo de pele.
Com quais profissionais fazer ozonioterapia?
Atualmente, são vistos diferentes profissionais da saúde especializados em ozonioterapia, mas, muitos se perguntam com qual devo fazer? Bem, isso depende da sua necessidade. Kely diz que há dentistas, biomédicos, enfermeiros, fisioterapeutas e até biólogos que trabalham com ozônio, porém, precisam estar especializados e capacitados para realizar o procedimento.
Cada um utiliza a ozônio de uma forma diferente. Kely, por exemplo, realiza aplicações do gás por via retal, vaginal, insuflação e auricular, devido sua especialização na fisioterapia. Além disso, ela também faz aplicações subcutâneas, com uso de agulhas, que apesar de serem um pouco dolorosas, possuem um efeito mais imediato para dores.
Mas, há também outras formas de aplicação como a cutânea, a bucal e a auto-hemoterapia, onde o sangue é retirado do organismo, misturado ao ozônio e depois aplicado novamente no paciente. O tempo e o número de sessões vão depender da condição clínica e resposta do paciente ao tratamento.
Para quem não é indicada?
Segundo Tavares, a contraindicação é para pessoas que possuem a deficiência de G6PD, que é uma doença hereditária que ocorre geralmente em homens. Além disso, pessoas anêmicas não podem realizar a terapia, assim como quem tem hipertensão arterial severa, hipertireoidismo descompensado, histórico de convulsões e hemorragias e as gestantes.
Antes de fazer
Para quem se interessou pela ozonioterapia e seus benefícios é importante saber que antes de iniciar o tratamento será preciso realizar alguns exames para verificar sua saúde, como por exemplo: hemograma, vitamina D e B. “Para quem realizar a aplicação subcutânea, não é necessário exames, pois, esse tipo de aplicação não causa efeitos colaterais, por ser um tratamento mais natural”, cita Tavares.
Por fim, a fisioterapeuta recomenda que as pessoas busquem conhecer mais sobre a ozonioterapia, por ser um tratamento de baixo-custo e que traz benefícios cientificamente comprovados. Vale destacar que é difundida em muitos países e bem aceita na Alemanha e Estados Unidos. “No Brasil, ainda está se popularizando. Espero que haja mais incentivo aos estudos científicos sobre a ozônio para que possamos avançar mais”, finaliza Kely. (Reportagem e fotos: Zeus Bandeira)
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